O uso de condimentos, ervas aromáticas e especiarias, na alimentação é uma alternativa para aqueles que não querendo abdicar de um bom manjar, possam melhor metabolizar os nutrientes da comida, prevenindo a acumulação de gordura e açúcar no corpo.
As ervas aromáticas, em particular, produzem substâncias químicas com a finalidade de evitar que os predadores se alimentem das suas folhas e sementes. A mostarda, por exemplo, produz sinigrina que, quando em contacto com a saliva dos herbívoros, se transforma num composto com sabor muito pungente, o isotiocianato de alila, que dissuade os predadores mais vorazes. Este composto tem, todavia, propriedades medicinais já conhecidas no tempo do Império Romano.
O molho de mostarda prepara-se juntando às sementes moídas um líquido, água, vinho ou vinagre, para induzir a reação química que produz isotiociantos de alila. Os Romanos, no tempo das vindimas, usavam o mosto das uvas acabadas de espremer para preparar o molho de mostarda a que chamavam de “Mustum ardens” (mosto ardente), que deu origem ao nome usado atualmente – MOSTARDA.
A mostarda é conhecida pelo seu sabor pungente que, por vezes nos mais desprevenidos, provoca irritação nas vias respiratórias, uma ação que deu origem à expressão portuguesa: “chegar a mostarda ao nariz“, como forma de mostrar-se irritado.
O molho de mostarda tem em geral uma cor amarela porque as sementes mais usadas na confeção deste molho provêm da mostarda branca, Sinapis alba, a mais moderada entre as mostardas. Nalgumas receitas juntam-se sementes da mostarda indiana, Brassica juncea, com sabor mais pungente, para obter um molho mais ousado. As sementes da mostarda indiana identificam-se facilmente pela sua cor acastanhada.
Já os Romanos e Gregos usavam a mostarda como condimento em pratos de peixe e carne. De facto este molho é aconselhado para acompanhar alimentos ricos em gordura porque reduz a acumulação destas no corpo, em especial no fígado, e além disso, ajuda a reduzir os níveis de açúcar no sangue. A mostarda é em geral um estimulante do metabolismo que, em tempos, foi também muito usada sob a forma de cataplasma, para tratar problemas nas articulações.
Se apesar de achar que segue uma dieta adequada tem ainda dificuldades em perder peso, talvez deva ponderar sobre a forma como está a condimentar a sua comida. Existe uma grande variedade de ervas aromáticas e especiarias que fazem toda a diferença na alimentação, melhoram o sabor da comida ao mesmo tempo que facilitam a digestão.
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