Na culinária, a escolha dos condimentos, em geral, faz-se de forma intuitiva. Procuramos, nas ervas aromáticas e especiarias, aromas e sabores que estimulem o paladar e enalteçam o sabor dos alimentos. Comigo, esta intuição tem-me ajudado a aliviar muitos dos problemas de saúde, sobretudo digestivos, que enfrentei ao longo da minha vida. Muitas vezes consegui superar inflamações que de outra forma poderiam ter evoluído para problemas mais graves. Para perceber o porquê da eficácia das ervas aromáticas tenho procurado obter informações científicas que expliquem a ação medicinal destas plantas.
O recurso milenar ao uso de ervas aromáticas na culinária, para intensificar o sabor dos alimentos ou por razões terapêuticas, tem sido motivo de investigação por parte dos cientistas que procuram perceber a interação dos componentes químicos das plantas com o nosso sistema imunológico.
De uma forma geral, as ervas aromáticas e especiarias, quando usadas como condimento, interferem com as enzimas do sistema digestivo e com as bactérias intestinais, modificando a absorção dos nutrientes na comida. Algumas promovem a absorção dos nutrientes que estão em falta no nosso corpo; outras, pelo contrário, reduzem a absorção de açúcares e hidratos de carbono, que de outro modo, quando ingeridos em excesso, podem estar na causa de diabetes e acumulação de gorduras no corpo. Muitas ervas aromáticas e especiarias alteram a flora intestinal, favorecendo o crescimento das bactérias que precisamos para garantir o bom funcionamento do sistema digestivo e reduzir o risco de doenças. Escolher o condimento adequado é assim, uma boa forma de prevenir carências nutritivas e fortalecer o sistema imunitário.
O intestino - o nosso segundo cérebro
O nosso corpo e, por extensão o sistema imunitário é o resultado de uma miríade de reacções químicas a acontecer em simultâneo. Estas reacções têm os mais variados propósitos, como a produção de energia, reparação de tecidos danificados, combater patologias, etc. Estas reacções são passíveis de ser manipuladas por nós, quer através de mudanças de comportamento alimentar, medicamentos ou por outros meios. Mas tal como nós somos capazes de manipular a química do nosso corpo, também outros organismos são capazes de o fazer. Esta é a história dos alquimistas invisíveis do nosso corpo, bactérias tão ávidas que se poderia dizer que andam permanentemente entre os pingos da chuva.
Um desequilíbrio na flora intestinal pode causar o crescimento excessivo de bactérias que se tornam virulentas, escapam do seu habitat - os intestinos - e invadem muitas outras partes do corpo. Na forma virulenta, estas bactérias atuam em conjunto e interajem através dum sistema chamado quorum sensing, que lhes permite arranjar estratégias para combater bactérias inimigas e escapar impunes ao sistema imunitário.
Com a finalidade de se movimentarem facilmente pelas células do corpo, estas bactérias começam por provocar inflamações nos músculos e articulações, de modo a estimular uma resposta do sistema imunitário. No processo de reparação dos tecidos danificados pela inflamação é estimulada a produção de FILOPODIA - trata-se de um sistema de fibras, que se acumulam nos músculos, que permite a comunicação entre as células do corpo e promove o transporte dos nutrientes necessários para tratar os tecidos afetados. A presença de filopodia facilita a circulação das bactérias pelo corpo provocando infeções generalizadas. Ao mesmo tempo, há uma resposta imediata do sistema imunitário que ativa citoquinas e interleuquinas, substâncias inflamatórias necessárias para combater seres patogénicos. Contudo, neste caso, estas substâncias não têm qualquer ação contra estas bactérias, antes pelo contrário, servem para eliminar bactérias concorrentes das invasoras.
Sintomas da inflamação
Ao longo da minha vida adulta, tive algumas inflamações que causavam dor e rigidez nos músculos da coluna. Nos últimos anos, estas inflamações agravaram-se muito rapidamente provocando calcificações que afectaram muitos outros músculos do meu corpo desde o pescoço, ombro, braço e mão, do lado direito, até à anca, perna e pé, do lado esquerdo. Se não fosse a gravidade da situação poderia comparar esta inflamação a um jogo do 'twister', pois o desconforto era de tal forma que os meus músculos pareciam estar todos ‘torcidos’. Como consequência desta inflamação, sentia também a visão desfocada, desequilíbrio, tonturas, infeções nos ouvidos, e também uma inflamação crónica na face (Rosácea). A calcificação dos músculos junto ao peito dificultava a minha respiração ao ponto de quase entrar em pânico, não fosse o facto de ter aprendido a lidar com esta situação. Em geral, perdi muita força muscular que afectou não só o braço direito mas também as pernas ao ponto de não conseguir andar sem ajuda. Porém, o sintoma que mais me assustava era uma pressão intensa que sentia no lado direito do cérebro. Evitava sair de casa, pois confraternizar com amigos tornara-se cada vez mais difícil.
Numa tentativa de aliviar os sintomas, recorri à fisioterapia que logo percebi ser a única solução para me sentir melhor. Depois de três longos anos, um a um, todos os meus músculos ganharam flexibilidade. Pouco a pouco, os sintomas de desequilíbrio, tonturas, problemas digestivos, rigidez muscular, visão desfocada e finalmente o sintoma que mais me afligia, a pressão que sentia no lado direito do cérebro, desapareceram. Para conseguir este resultado tive de dedicar-me inteiramente ao meu problema, tentando perceber o que estava na origem de todos estes sintomas. Visto que tudo isto começou com problemas digestivos foquei a minha atenção nas bactérias que colonizam o sistema digestivo.
Ao partilhar a minha experiência espero que, no futuro, outras pessoas que se encontrem numa situação semelhante possam ter um ponto de partida para enfrentar este problema.
Bactérias que causam danos musculares
Os exames que fiz ao estômago revelaram que a causa das inflamações frequentes que me afetavam deviam-se à presença da bactéria Helicobacter Pylori. Esta bactéria alimenta-se de hidrogénio que é fornecido em abundância por outras bactérias intestinais como a Klebsiella pneumonia que liberta hidrogénio quando consome o seu alimento preferido, os amidos. Ao consumir hidrogénio, a bactéria H. pylori reduz a produção de ácido gástrico e enzimas digestivas, comprometendo a digestão dos alimentos, em especial os amidos, que quando não são metabolizados, seguem para os intestinos onde servem de alimento para a Klebsiella p.. Esta interacção entre bactérias perpetua a infecção e é uma das causas de problemas gastro-intestinais.
Klebsiella pneumonia
A Klebsiella p. consegue fintar o sistema imunitário, disfarçando-se. Através do biofilme (capa protetora), que produz usando o ácido hialurónico dos músculos e articulações, passa despercebida sem desencadear qualquer reacção do sistema imunitário. Como consequência, aos poucos, os músculos e articulações perdem flexibilidade. A inflamação começa geralmente na parte inferior das costas e espalha-se para outras partes do corpo, com uma característica muito específica: afecta mais um lado do corpo do que o outro. Esta é a caracteristica que define o problema de calcificação muscular Espondilite anquilosante que segundo, estudos científicos, está ligado à presença desta bactéria. (1)
O ácido hialurónico é uma substância necessária para proteger as articulações e faz parte do processo de produção de cartilagem. Nalgumas pessoas, factores genéticos estimulam a ação da proteína BMP-7 que promove a produção de ácido hialurónico de forma excessiva, favorecendo o crescimento virulento da Klebsiella pneumonia. (2) (3)
Para reduzir o crescimento da bactéria, além de evitar o consumo de alimentos ricos em amidos como batatas, massas, pão e feijão, deve-se ter o cuidado de consumir estes alimentos no dia em que são preparados pois, algumas horas depois, os amidos tornam-se resistentes à digestão, isto é, não são digeridos pelos intestinos e servem apenas como alimento para as bactérias intestinais.
Helicobacter pylori
A bactéria H. pylori, desenvolveu outra estratégia para infetar o estômago - através da enzima urease produz amónia e dióxido de carbono que serve, não só para inibir o ácido gástrico, facilitando a disseminação da bactéria, como também bloqueia a tentativa do sistema imunitário combater a bactéria. (4)
O dióxido de carbono é importante para ativar o processo de emergência AMPKa-FOXO3a-MuRF1. Este processo é ativado normalmente quando os níveis de produção de energia estão reduzidos, como em situações de fome ou jejum. Em alternativa à falta de alimentos, os músculos são sacrificados e perdem alguns dos seus aminoácidos, nutrientes indispensáveis para outras funções vitais. (5)
Se esta situação se perpetua por muito tempo os músculos ficam fracos e atrofiados e, além disso, o excesso de dióxido de carbono dilata os vasos sanguíneos, baixa a tensão arterial, provoca tonturas, dores de cabeça, fatiga e pode mesmo provocar desmaios. Esta foi uma situação que tive de enfrentar algumas vezes quando tinha inflamações frequentes no estômago.
Para reduzir os danos musculares provocados por esta bactéria aconselha-se o consumo de alimentos ricos em ácido aspártico (espargos, laticínios, ovos, amendoim), que promovem a síntese de proteínas para produção de massa muscular e ainda aumentam a circulação do oxigénio para os músculos. Além disso, o ácido aspártico ajuda a remover o excesso de amónia na circulação. (6)
A inflamação causada por estas duas bactérias reduz a produção de cartilagem e colagénio, importantes para o bom funcionamento das articulações e para manter uma pele saudável. Isto explica porque eu, por intuição, preferia alimentos ricos em colagénio e aminoácidos (como prolina e glicina) que se encontram em abundância na pele e cartilagem de galinha. Outros dos alimentos que sentia necessidade de consumir eram ovos, leite, carne, vegetais da família da couve (cruciferas), alho, cebola - alimentos ricos em enxofre, um elemento importante para manter a flexibilidade das articulações e ajudar a eliminar as toxinas produzidas pelas bactérias.
Como se não bastassem todos os danos que provoca, esta bactéria, através do factor virulento chamado CagA, estimula a produção excessiva de FILOPODIA que, juntamente com um pH alcalino devido à amónia produzida pela bactéria facilita o crescimento virulento de outras bactérias.
A cumplicidade entre bactérias
S. aureus e Pseudomonas aerogenes são outras duas bactérias da flora do nosso corpo que beneficiam destas condições favoráveis. Na sua forma virulenta, estas duas bactérias usam os recursos uma da outra, para mais facilmente penetrarem nos tecidos a infetar. Danificam os músculos mas estão também ligadas a muitos outros problemas de saúde.
Pseudomonas aerogenes
Quando a inflamação desta bactéria predomina, o sintoma que mais se evidencia são alergias respiratórias frequentes devido a uma reação excessiva do sistema imunitário. A Pseudomonas a. estimula a produção de neutrófilos, que fazem parte dos glóbulos brancos, a principal defesa do corpo contra bactérias e outros agentes patogénicos. Os neutrófilos, por sua vez, desencadeiam um processo que envolve a produção de filamentos de F-Actina aos quais a bactéria se liga com a finalidade de produzir o seu biofilme protector. Devido ao biofilme, os neutrofilos não conseguem combater a bactéria e acumulam-se sob a forma de NETs (neutrophil extracellular traps) à volta da infecção para evitar que a bactéria se espalhe para outros tecidos do corpo. Mas, a acumulação de NETs, por sua vez, também provoca inflamação que dá origem a doenças autoimunes. A artrite reumatoide, inflamação nos intestinos, IBS, doença de Crohn e doenças metabólicas estão associadas a esta situação. (7)
Além de tudo isto, a Pseudomonas tem uma ação auxotrófica, isto é, 'rouba', aos órgãos que está a infectar os aminoácidos que precisa como fontes de energia. Consome sobretudo tryptophan e um conjunto de aminoácidos chamados BCAAS (branched chain aminoácidos), valina, leucina isoleucina. Os BCAAS são importantes para a produção de massa muscular e quando estão em falta os músculos enfraquecem e atrofiam. Já o tryptophan é o aminoácido que o nosso corpo metaboliza em serotonina, o neurotransmissor que actua no cérebro, regula o humor, sono e apetite.
S. aureus
Esta é uma bactéria possuidora de muitos recursos que lhe permitem não só escapar à ação do sistema imunitário, mas também penetrar facilmente nos tecidos do corpo. A sua 'arma' mais potente é a enzima hyaluronidase (8) que destrói o ácido hialurónico em zonas como a pele, músculos e articulações zonas estas que esta bactéria danifica fortemente. O ácido hialurónico, além de fazer parte no processo de produção da cartilagem, funciona como lubrificante e hidratante mantendo a flexibilidade dos tecidos e protegendo contra o desgaste muscular.
Na presença desta bactéria a redução em ácido hialurónico perturba o processo normal de produção de cartilagem e, em vez disso, estimula uma via diferente chamada FOXC2-Wnt4-BMP-4 que promove a calcificação dos músculos e articulações. Em consequência desta inflamação os músculos ficam rígidos e danificados. Na inflamação MIOSITE OSSIFICANTE, que estava na causa do agravamento dos problemas musculares por que passei, este processo está activo de forma crónica e agrava-se com o passar do tempo. (9) (10)
Inflamações cutâneas
Keratosis pilaris (queratose pilar) e Rosacea são dois problemas de pele que herdei da minha mãe e passei para os meus filhos. Tanto num como no outro caso é notório o excesso de produção de queratina. Na condição Keratosis pilaris a queratina obstrui os folículos capilares deixando a pele com uma textura áspera tipo ‘pele de galinha’. Aparece sobretudo na parte superior dos braços e pernas mas também pode aparecer na face.
A Rosacea manifesta-se com vermelhidão e aparecimento de pústulas na face. Na vista (rosacea ocular) provoca inflamação, visão desfocada, ardor e sensação de corpo estranho.
A produção excessiva de queratina é um processo normal que acontece em pessoas de pele clara, para proteger de queimaduras solares, quando a pele está exposta aos raios ultravioletas. A pele clara dos habitantes dos países nórdicos possibilita uma absorção mais rápida da vitamina D, mesmo nos dias em que os raios solares são escassos. Contudo, a exposição excessiva ao sol provoca queimaduras e, para fazer face a esta situação, o sistema imunulógico promove a dilatação dos vasos sanguíneos para que haja uma maior circulação sanguínea, necessária para o transporte de nutrientes para a zona danificada. A pele fica vermelha e, imediatamente a seguir, é activada a proteína TRPV4 que induz a produção de queratina tipo K10. A película que se forma na pele depois de uma queimadura solar é constituída por este tipo de queratina que se acumula em camadas na pele para proteger contra infeções e raios UV.
Contudo, o excesso de queratina favorece a infecção de bactérias como S. aureus que, usando uma outra das suas ‘armas’, o factor virulento Clumping factor B, (11) lhe permite aderir aos tecidos da pele para iniciar a infecção. Para não deixar nada ao acaso, esta mesma bactéria também activa a proteína TRPV4 de forma crónica para perpetuar a infecção, mesmo quando não há exposição solar. É por isso bem provável que a bactéria S. aureus seja a principal causa da Rosacea, pois a proteína TRPV4 está identificada neste tipo de inflamação. (12)
Esta característica não é única desta bactéria, pois segundo investigações científicas, as zonas do corpo com grande concentração de queratina são preferidas pelas bactérias por lhes permitir aderir aos tecidos e iniciar a infecção. A palma das mãos e sola dos pés têm camadas grossas de queratina formando uma camada impermeável que protege contra possíveis lesões. A abundância de queratina facilita a infecção por bactérias e, provávelmente, é aqui que estas bactérias lançam a sua 'âncora' e iniciam a infecção.
Naturalmente, o desenvolvimento das bactérias nestas zonas vai afectar os músculos e articulações circundantes, como os pulsos e os tornozelos. Com o passar do tempo, muitos outros músculos com ligação a estes vão também ser afectados. Além da palma da mão e sola do pé, a bactéria S. aureus tem preferência por zonas do corpo mais húmidas como a axila, a zona inguinal, as partes posteriores do joelho e do cotovelo (13) . Talvez seja coincidência, mas estas foram precisamente as zonas onde a inflamação que afectava os meus músculos era mais evidente. Quando, depois de muito esforço, consegui recuperar os músculos danificados, a inflamação na cara (Rosacea) foi reduzindo lentamente até que a pele recuperou de forma notória.
Demodex folliculorim
Em muitos casos de Rosacea, a presença do ácaro Demodex follicolorum é responsável por alguns dos sintomas desta doença. Na vista, manifesta-se por comichão, ardor, visão desfocada e sensação de corpo estranho, sintomas que eu sentia com muita frequência. Na face, este micro-organismo é também responsável pelo aparecimento de pústulas que lembram o acne. O facto deste ácaro não se manifestar em todas as pessoas afetadas com Rosacea leva a crer que a inflamação provocada por S. aureus facilita o desenvolvimento de Demodex folliculorum e não será este ácaro a causa da Rosacea. Na inflamação de Staphylococcus aureus, os níveis de catelicidina, TRPV4 e MMP-9 (a enzima que destrói o colagénio tipo I e III) estão altos e são responsáveis por muitos dos sintomas que caracterizam a presença desta bactéria. Não será coincidência que estes agentes inflamatórios estejam também activos quando se nota a presença do ácaro Demodex folliculorum na pele.
O exercício como forma de reduzir a inflamação
A rigidez e calcificação dos músculos, devido à infeção de bactérias, dificulta a circulação do sangue, o que impede o sistema imunitário de recuperar os músculos danificados. Esta situação não só se perpetua mas agrava-se com o tempo. Estimular a circulação com exercícios apropriados promove a entrada dos nutrientes em falta nos músculos danificados e permite o acesso do sistema imunitário à infeção.
Alguns óleos essenciais como o mentol da Mentha arvensis e o carnosol do Rosmarinus officinalis (alecrim), aplicados como loção nos músculos afetados, potenciam a ação do exercício, facilitando o processo de regeneração dos músculos. Enquanto o óleo de alecrim é indicado para parar a inflamação provocada pela Klebsiella p., o mentol estimula a circulação facilitando a entrada de nutrientes nos músculos. Contra a inflamação de S. aureus, e para estimular a descalcificação dos músculos afetados, o óleo mais eficaz, segundo a minha experiência, é o Limonene que se extrai facilmente da casca da laranja - diluem-se algumas gotas dos óleos essenciais em álcool e usam-se como loção que se aplica antes de exercitar os músculos.
Para conseguir recuperar na totalidade os músculos danificados e eliminar a inflamação foi importante perceber o que se estava a passar comigo. De outra forma estaria a ‘dar tiros no escuro’ e poderia mesmo piorar a inflamação.
Durante todo o período que tive de lidar com esta situação, a inflamação tornava-se sempre mais intensa durante a noite, pois é nesta altura que os níveis de adenosina estão mais altos. A ADENOSINA é uma molécula com diversas funções fisiológicas, entre as quais, induz o sono. Para se tornar virulenta, a bactéria S. aureus precisa de níveis altos de adenosina e por isso a inflamação é mais forte durante o período da noite. Além disso a própria bactéria usa outra das suas muitas ‘armas’, a enzima Adenosine synthase, que aumenta os níveis de adenosina para valores exagerados.
Não tardei em descobrir que a única forma de fazer face à inflamação durante o período da noite era exercitar, com moderação, os músculos afectados. Para minha surpresa, o exercício que fazia, junto com os óleos essenciais estimulavam a descalcificação dos músculos. Contudo, os músculos que estavam rígidos desde há muitos anos, quando perdiam a calcificação não ganhavam flexibilidade imediatamente. Sentia-os frouxos, sem ação e sentia uma sensação de aperto como se depois de libertos da calcificação estes músculos de repente precisassem de ocupar mais espaço.
Essa sensação permitia-me identificar os músculos afetados e, sempre que isto acontecia, tinha de reagir imediatamente, senão, a inflamação tornava-se insuportável. Exercitava muito lentamente o músculo que estava a recuperar e aos poucos este recuperava a flexibilidade, parava a inflamação e já podia dormir descansada. Este processo repetia-se todas as noites e durante uma parte do dia, pois os músculos que recuperavam estimulavam outros músculos e algum tempo depois, estes também começavam a reagir.
Porém houve muitas ocasiões em que a inflamação era mesmo insuportável e difícil de gerir. Isto acontecia quando havia uma descalcificação mais alargada a muitos músculos em simultâneo. Nestes casos em vez de sentir o aperto que me ajudava a identificar qual o músculo que estava a reagir, sentia um ‘vazio’ na zona afetada pois os músculos que acabavam de perder a calcificação não tinham qualquer ação. A inflamação era muito mais intensa; sentia uma forte pressão na cabeça e um calor intenso que me fazia transpirar. Nestas ocasiões, tinha de mexer o braço muito devagar até começar a sentir algum músculo começar a reagir. De início sentia-o muito fraco, mas depois de algum tempo começava a ganhar flexibilidade. Assim, aos poucos, conseguia deixar de sentir o ‘vazio’ e a inflamação diminuía de intensidade.
Este foi um processo muito longo e assustador porque o resultado final era imprevisível. Não tenho dúvidas que devo o meu sucesso à conjugação três coisas: a escolha de alimentos ricos nos nutrientes (que estavam em carência no meu corpo), as muitas sessões de fisioterapia e ainda aos óleos essenciais que aplicava quando fazia exercícios em casa.
Em todos os momentos tive o apoio incondicional da minha família, que me deu forças para não ser tentada a desistir, e, apesar de todas as incertezas e dificuldades que rodeavam a minha situação, tive sempre o suporte profissional da clínica de fisioterapia EQUILIBRIUM. Devo muito aos fisioterapeutas, e todo o pessoal desta clinica, pois tenho a certeza que, sem o seu apoio, este percurso teria sido muito mais difícil.
In conclusion, extensive scientific evidence suggests an important role of Klebsiella in AS. The presence of HLA antigens and elevated Klebsiella antibodies in AS could be helpful in the identification of patients with this condition during the early stages of disease. The use of new therapeutic modalities in the form of anti-microbial therapies in conjunction with the currently available treatments should be evaluated in longitudinal studies. https://link.springer.com/article/10.1007%2Fs10067-006-0488-7
“Stimulation of cells with BMP-7 induced HAS2 mRNA expression and decreased the expression of Hyal1 and Hyal2. https://www.researchgate.net/publication/8605106_BMP-7_modulates_hyaluronan-mediated_proximal_tubular_cell-monocyte_interaction
“In conclusion significant progressive increase in serum BMP-7 was noted in AS (Ankylosing spondylitis) patients that correlated with markers of bone formation.” (1) https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/
These results suggest that H. pylori-associated urease functions to produce a potent ONOO− scavenger, CO2/HCO3−, that defends the bacteria from ONOO− cytotoxicity. The protective effect of urease may thus facilitate sustained bacterial colonization in the infected gastric mucosa. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC98327/
High CO2 induced AMPKα2 activation, triggering the phosphorylation and nuclear translocation of FoxO3a, and leading to an increase in MuRF1 expression and myotube atrophy. Accordingly, we provide evidence that high CO2 activates skeletal muscle atrophy via AMPKα2-FoxO3a-MuRF1, which is of biological and potentially clinical significance in patients with lung diseases and hypercapnia. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC4423704/
Moreover, Asp (ácido aspártico) decreased phosphorylation of AMPKα but increased phosphorylation of Akt and Forkhead Box O (FOXO) 1 in the muscles. Our results indicate that Asp suppresses LPS-induced MAFbx and MuRF1 expression via activation of Akt signaling, and inhibition of AMPKα and FOXO1 signaling. https://www.researchgate.net/publication/309299808_Aspartate_inhibits_LPS-induced_MAFbx_and_MuRF1_expression_in_skeletal_muscle_in_weaned_pigs_by_regulating_Akt_AMPKa_and_FOXO1
We have demonstrated that the presence of abundant F-actin and DNA in a neutrophil-rich environment is exploited by P. aeruginosa to ensure survival via biofilm development. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC2677169/ Neutrophils are short-lived cells under steady condition but, once migrated into tissue, they are exposed to survival signals to increase their life-span. It has long been accepted that, in a successful acute inflammatory response that completely resolves, neutrophils are cleared from inflamed tissue in a timely fashion (Soehnlein and Lindbom 2010). When this clearance does not occur appropriately, neutrophils undergo necrosis and release intracellular contents that can damage the tissue and extend the inflammatory phase. https://link.springer.com/article/10.1007/s00441-017-2785-7 The inefficacy of neutrophils to penetrate Pseudomonas biofilm leads to the production and release of NETs as an attempt to avoid bacteria spreading https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC6769795/ ...neutrophilic recruitment to corneal infections limits P. aeruginosa biofilms to the outer eye surface, preventing bacterial dissemination. Neutrophils moved to the base of forming biofilms, where they underwent neutrophil extracellular trap formation (NETosis) in response to high expression of the bacterial type-3 secretion system (T3SS). NETs formed a barrier "dead zone," confining bacteria to the external corneal environment and inhibiting bacterial dissemination into the brain. Once formed, ocular biofilms were resistant to antibiotics and neutrophil killing, advancing eye pathology. However, blocking both Psl and T3SS together with antibiotic treatment broke down the biofilm and reversed keratitis, suggesting future therapeutic strategies for this intractable infection. https://pubmed.ncbi.nlm.nih.gov/30930127/ Although NETs may protect the host against microbes, excessive NETosis can be detrimental to the host. Recent discoveries in in vitro experiments and animal models demonstrated the crucial role of NETs in the pathogenesis of some metabolic, autoimmune, and autoinflammatory diseases and certain septic conditions increasing morbidity and mortality https://link.springer.com/article/10.1007/s12016-020-08804-7
https://microbeonline.com/virulence-factors-staphylococcus-aureus/
“In this study, enhanced SOX9 expression induced by GSK1016790A was apparently suppressed by the pre-incubation with HAase, which would suggest that ATDC5 cells require the intact CD44-HA interaction for the chondrogenesis induced by the mechanical stress loading. The appropriate extent of mechanical stress loading in the presence of the adequate amount of HA would affect the differentiation and maintenance of articular cartilage and chondrocytes. (…) This study demonstrated that the HAase pre-treatment clearly suppressed the SOX9 expression induced by TRPV4 specific agonist in ATDC5. Our results may help to elucidate the mechanisms of chondrogenesis through the potential relationship between TRPV4 and HA-CD44 interaction. http://www.ors.org/Transactions/61/0340.pdf
“Dysregulation of Bmp4 signaling and/or its receptor has been implicated in heterotopic ossification and myositis ossificans,36, 37 and several studies have suggested that Bmp4 plays a key role in the development of these diseases. (…) Ac3tivated Bmp signaling initiated endochondral ossification at the site of muscle injury.40 Although it is still unclear if FOXC2 plays a role in the development of conditions such as heterotopic ossification, we show that FOXC2 is expressed in areas of ectopic bone development in muscle biopsies from patients diagnosed with myositis ossificans. https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC3705598/
The commensal Staphylococcus aureus permanently colonizes the anterior part of the nasal cavity. The staphylococcal surface receptor clumping factor B (ClfB) plays a pivotal role in this process. It was shown that ClfB binds to epidermal K10 [52,72,73], which is typically found in cornified stratified epithelia [74,75]. The interaction between ClfB and K10 enhanced adherence of Staphylococcus aureus to epithelial cells and thereby supported epithelial colonization, notably in the squamous epithelial cells of the nasal epithelium https://www.ncbi.nlm.nih.gov/pmc/articles/PMC5040971/
"Mascarenhas et al. report that TRPV4 expression is upregulated in mast cells in response to the proteolytic cathelicidin fragment LL37 in a murine rosacea model and that TRPV4 loss of function attenuates mast cell degranulation. These findings render TRPV4 a translational-medical target in rosacea. However, signaling mechanisms causing increased expression of TRPV4 await elucidation. Moreover, we ask whether TRPV4-mediated Ca++-influx evokes mast cell degranulation." https://irosacea.org/forums/topic/3457-trigeminal-sensory-malfunction-theory/
Staphylococcus aureus (S. aureus) is found on about a third of the population. It usually lives in the moist areas such as armpits, groin and nose, although it can be found on other parts of the body such as your hands https://www.wchc.nhs.uk/services/infection-prevention-and-control/meticillin-resistant-staphylococcus-aureus-mrsa/#:~:text=aureus%29%20is%20found%20on%20about%20a%20third%20of,like%20any%20other%20germ%2C%20it%20can%20cause%20infections.
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